Uma pesquisa divulgada pela Acronis, empresa global de cibersegurança, revelou que 71% das mulheres na área de Tecnologia da Informação (TI) trabalham mais horas que o contrato exige para tentar obter uma promoção. O estudo, apresentado no evento MSP Global em Tarragona, Espanha, faz parte do painel Women in Tech.
O levantamento examinou o fenômeno “Female Fear of Missing Out” (FOMO), que explora a ansiedade das mulheres em perder oportunidades de crescimento na carreira. De acordo com o estudo, além de trabalhar mais, 31% das mulheres acreditam que homens são promovidos mais rapidamente do que elas, o que evidencia uma desigualdade no setor.
Outro dado relevante é que 63% das mulheres relataram sentir a falta de liderança feminina no campo da cibersegurança. Segundo o estudo, essa ausência de modelos de liderança agrava a dificuldade de progresso na carreira para mulheres. Além disso, 84% das entrevistadas concordam que a presença de mais mulheres em cargos de liderança seria benéfica para as organizações de TI.
A pesquisa também apontou que 34% das mulheres afirmam que os programas de treinamento em suas empresas não são suficientes para promover o desenvolvimento de suas carreiras. Entre as ações recomendadas pelas respondentes, destacam-se mais oportunidades de mentoria (51%), a contratação ativa de mulheres (49%) e a busca por equidade salarial (49%).
Alona Geckler, executiva da Acronis, enfatizou a importância de incentivar as mulheres a assumirem funções em TI. “Contratar mulheres não é apenas uma questão de equidade, mas também uma estratégia para fortalecer as equipes e gerar inovação nas organizações”, afirmou Geckler.
A Acronis também oferece um programa de mentoria dentro da sua iniciativa #CyberWomen, que busca identificar e preparar futuras líderes no setor de TI.
