Como pais divorciados podem organizar a guarda dos filhos durante as festas de fim de ano (Foto: Freepik)
Como pais divorciados podem organizar a guarda dos filhos durante as festas de fim de ano (Foto: Freepik)

As festas de fim de ano costumam ser marcadas por reuniões em família e celebrações. Para pais divorciados, essas datas podem representar desafios adicionais. Dividir o tempo com os filhos de forma justa entre os dois genitores é uma tarefa que exige planejamento e diálogo. Segundo Lucas Costa, advogado especializado em Direito de Família, acordos claros e respeitosos são fundamentais para que o Natal e o Ano Novo sejam tranquilos para as crianças.

“Os filhos não precisam carregar o peso da separação dos pais, e as festas de fim de ano são uma oportunidade para demonstrar maturidade e colocar o bem-estar deles em primeiro lugar”, afirma Lucas Costa, fundador do Escritório para Mães.

Acordos de guarda

A organização da guarda durante as festas é tema recorrente no Direito de Família. Em arranjos de guarda compartilhada, as soluções podem variar:

  • Divisão de datas: um genitor fica com os filhos no Natal, enquanto o outro celebra o Ano Novo.
  • Alternância anual: cada genitor celebra o Natal com os filhos em anos alternados.

O mais importante, segundo o especialista, é garantir estabilidade emocional para as crianças e evitar conflitos. “Esses acordos podem ser feitos informalmente, desde que as partes estejam alinhadas e cumpram o combinado. Quando há dificuldade de diálogo ou desentendimentos frequentes, o ideal é formalizar o acordo judicialmente”, explica Lucas Costa.

Detalhes práticos

Os acordos não devem se limitar a quem ficará com as crianças, mas também abordar questões práticas, como:

  • Horários de entrega e busca;
  • Programção das festas;
  • Coordenação sobre os presentes, para evitar duplicidades ou mal-entendidos.

Planejamento e comunicação respeitosa ajudam a evitar situações de estresse. Lucas recomenda que pais separados foquem em criar experiências positivas para os filhos durante as celebrações.

Quando não há acordo

Nos casos em que não se chega a um consenso, buscar mediação ou recorrer à Justiça pode ser necessário. “O mais importante é não expor os filhos ao conflito. O Natal e o Ano Novo devem ser datas de alegria para as crianças, independentemente do arranjo familiar”, enfatiza Lucas Costa.

Em arranjos de guarda unilateral, o genitor que não detém a guarda também tem direito à convivência durante as festas, salvo restrições legais. Segundo Lucas, isso fortalece o vínculo entre pais e filhos após o divórcio.

Boas práticas para as destas

Lucas Costa lista algumas boas práticas para garantir um fim de ano harmonioso:

  1. Planeje com antecedência: Decida os detalhes com tempo suficiente para evitar correria e conflitos.
  2. Comunique-se com respeito: Diálogos respeitosos e focados no bem-estar dos filhos são essenciais.
  3. Evite competições: Disputas por afeto ou presentes excessivos podem causar desconforto emocional. Foque em proporcionar momentos de qualidade.
  4. Esteja aberto a flexibilizações: Imprevistos podem ocorrer, e demonstrar abertura para ajustes pode beneficiar a todos.
  5. Garanta que os filhos se sintam amados: Os filhos devem perceber que são prioridade para ambos os pais, mesmo com a separação.

Leia também: