Ludmilla, uma das estrelas da edição de setembro da Glamour Brasil, é uma figura icônica que representa uma comunidade inteira e alcançou sucesso desde seu primeiro hit. A cantora acumulou uma impressionante lista de realizações em sua carreira, incluindo dois Grammys Latinos, apresentações históricas no Rock in Rio e The Town, além de uma participação em uma franquia de filmes de Hollywood. Ela também é a primeira cantora afro-latina-americana a ultrapassar a marca de 3 bilhões de streams em plataformas de áudio.
Na entrevista, Ludmilla compartilha sua jornada desde os primeiros passos na indústria musical até sua ascensão atual. Ela discute seus planos pessoais e profissionais, abordando questões como heteronormatividade e seu desejo de ter filhos.
Ludmilla destaca que, embora tenha tido sorte com a popularidade de suas músicas, a tendência atual de focar na viralidade pode limitar a criatividade artística, criando uma sensação de refém das apostas virais. Ela valoriza a originalidade e a liberdade criativa em sua música, independentemente de seu desempenho nas paradas de sucesso.
Além disso, Ludmilla ressalta seu papel na ressignificação da heteronormatividade no pagode, ao abordar narrativas que destacam uma mulher preta e bissexual, em vez de seguir o padrão de um homem que pede desculpas à mulher que ama. Ela celebra o pagode como um gênero versátil que fala sobre diversos aspectos da vida, como relacionamentos, saudade e amizade, e que serve como uma forma de celebração e conexão com as raízes.
Ludmilla se orgulha de ser uma das principais representantes desse gênero musical que tem suas raízes nas comunidades do Rio de Janeiro e que tem a capacidade de resgatar e inspirar muitas pessoas. Suas músicas são inspiradas em experiências próximas e histórias que ela ouviu, contribuindo para a autenticidade de sua música no cenário musical atual.