A relação entre câncer e depressão tem sido objeto de estudo e especulação ao longo dos anos, levando muitas pessoas a se questionarem se emoções negativas podem desencadear o desenvolvimento de tumores. No entanto, a evidência científica disponível até o momento não estabelece uma relação direta de causa e efeito entre a depressão e o câncer.
Um estudo recente realizado na Holanda com mais de 300.000 voluntários de diferentes países, incluindo a Holanda, Reino Unido, Noruega e Canadá, não encontrou um aumento significativo na incidência dos tipos mais comuns de câncer em pessoas que sofrem de ansiedade e depressão. Isso sugere que, do ponto de vista estatístico, a depressão não parece ser um fator determinante para o desenvolvimento de câncer. No entanto, é importante notar que outras variáveis associadas à depressão e à ansiedade, como o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo e o alcoolismo, podem ser fatores de risco para o câncer.
Embora não haja evidência sólida de que a depressão cause diretamente o câncer, é crucial não subestimar o impacto das emoções negativas na saúde em geral. Estresses psicológicos e sentimentos negativos extremos podem desencadear outras condições de saúde, independentemente do câncer. Portanto, o bem-estar emocional e a saúde mental são aspectos importantes a serem considerados para manter uma vida saudável.
O desenvolvimento do câncer é um processo complexo e multifatorial. Estima-se que cerca de 80% a 90% dos casos de câncer estejam associados a causas externas, como hábitos de vida (tabagismo, consumo de álcool), exposição a substâncias nocivas no ambiente de trabalho (como indústrias químicas), infecções virais e escolhas alimentares. Portanto, nossos comportamentos e escolhas desempenham um papel significativo no risco de desenvolver câncer.
Nesse contexto, a medicina está passando por avanços notáveis, especialmente na área da medicina personalizada ou de precisão. Esse campo utiliza informações genéticas, dados de bioinformática e influências ambientais para adaptar o tratamento às características individuais de cada paciente. Isso é especialmente relevante no caso do câncer, uma vez que diferentes pacientes podem apresentar variações genéticas significativas que afetam a resposta ao tratamento.
A medicina de precisão não trata todos os pacientes da mesma forma, mas personaliza o tratamento de acordo com as características únicas de cada indivíduo. Isso permite não apenas um tratamento mais eficaz, mas também a identificação de possíveis suscetibilidades a doenças antes mesmo que elas se manifestem clinicamente.
Uma inovação notável na área da medicina de precisão é o Teste Onco-PDO, desenvolvido pela Invitrocue Brasil. Esse teste envolve o cultivo celular tridimensional, que replica com maior precisão as condições do tumor no laboratório. Isso é particularmente relevante porque cada paciente é único, e o teste Onco-PDO permite que os médicos identifiquem a melhor opção de tratamento para cada paciente específico.
Este teste é especialmente valioso para pacientes em estágios avançados de câncer e para aqueles que não respondem ao tratamento convencional. Ao testar as respostas das células tumorais do paciente a diferentes medicamentos em laboratório, os médicos podem tomar decisões mais informadas sobre o tratamento. Isso é especialmente relevante, uma vez que alguns tumores podem ser resistentes a determinados medicamentos.
O Teste Onco-PDO está disponível no Brasil para vários tipos de câncer, incluindo mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário. Permite a escolha de até 8 de 60 drogas para testagem, oferecendo resultados em até 21 dias. Isso proporciona aos médicos informações valiosas sobre como as células do paciente respondem aos diferentes tratamentos, permitindo um tratamento mais personalizado e eficaz.