A costura, antes associada a um ofício do passado, voltou a ser alternativa de carreira para jovens da Geração Z. Entre 18 e 30 anos, muitos redescobrem no fazer manual não apenas um hobby, mas também uma forma de expressão criativa e de geração de renda.
Segundo levantamento do Instituto Locomotiva, 65% dos jovens dessa faixa etária buscam atividades manuais como forma de complementar a renda. No setor de máquinas de costura, o reflexo foi imediato. A Brother Brasil registrou aumento de 74% nas vendas em 2024 em relação ao ano anterior.
Da tradição ao empreendedorismo jovem
O movimento ganhou força principalmente após a pandemia. A prática do “faça você mesmo” e a valorização de hábitos sustentáveis se consolidaram. Muitos jovens relatam que aprenderam a costurar com mães e avós e, agora, transformam esse conhecimento em oportunidade de negócio.
“Costurar permite autonomia e expressão pessoal, mas também carrega valor afetivo. Vemos jovens revendendo roupas personalizadas, praticando upcycling e criando peças exclusivas” afirma Paulo Akashi, diretor de Vendas da Brother Brasil.
Sustentabilidade e novas formas de trabalho
A tendência acompanha o crescimento da economia criativa. Jovens costureiros utilizam redes sociais como vitrine de seus trabalhos, compartilham processos e vendem peças autorais. Nesse cenário, a costura se posiciona como alternativa de trabalho flexível, alinhada ao consumo consciente e ao desejo de autonomia profissional.
“Esse público aprende costura pelo YouTube, segue influenciadores que produzem suas próprias roupas e compartilham seus processos online. Nossa missão como marca é oferecer máquinas compatíveis com esse perfil, com recursos intuitivos, boa performance e design leve”, explica Akashi.
Novas ferramentas para iniciantes e empreendedores
Para atender a esse público, a Brother Brasil lançou modelos voltados para quem está começando e também para empreendedores. As máquinas VX1445 e JS2135 têm estrutura reforçada, iluminação em LED, braços livres e 14 pontos de costura. O foco é facilitar o uso e oferecer recursos valorizados por iniciantes e profissionais que ampliam sua produção.
Além de equipamentos, a empresa participa de feiras do setor têxtil e apoia projetos de upcycling e capacitação. “Mais do que vender equipamentos, nosso compromisso é com a transformação cultural em curso. Queremos ser parceiros dessa geração que entende a costura como linguagem de futuro”, resume Akashi.
Carreira com propósito e autonomia
A costura passou de tradição familiar a estratégia profissional para a Geração Z. Costura para vender, para vestir, para protestar e para pertencer. No gesto de criar com as próprias mãos, jovens encontram um caminho para unir propósito, renda e identidade.