Levantamento aponta que 48% dos jovens do Rio se interessam por hipergamia
Levantamento aponta que 48% dos jovens do Rio se interessam por hipergamia (Foto: Freepik/teksomolika)
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Um estudo realizado pelo site MeuPatrocínio, em parceria com o Instituto QualiBest, analisou os comportamentos afetivos da Geração Z no estado do Rio de Janeiro. A pesquisa ouviu jovens com idades entre 18 e 29 anos e apontou que 48% deles demonstram algum interesse por hipergamia, tipo de relacionamento no qual uma das pessoas é financeiramente mais favorecida e oferece apoio material à outra. Esse modelo também é conhecido como relacionamento Sugar.

Entre quatro modelos de relacionamentos apresentados na pesquisa, a hipergamia é o que obteve maior interesse entre os participantes. A tendência aparece como uma alternativa mais prática e direta para uma parcela significativa da juventude fluminense.

Poliamor e agamia também despertam atenção da Geração Z

A pesquisa apontou que outros modelos de relacionamento também chamam a atenção dos jovens no estado. O poliamor, caracterizado por relações múltiplas e consensuais, foi mencionado por 31% dos entrevistados como uma possibilidade de interesse. A agamia, por sua vez, aparece com 30% de adesão. Esse modelo se caracteriza pela ausência de vínculos afetivos fixos, com foco em experiências sem compromissos românticos.

Na sequência, o micro romance, modelo marcado por relações intensas e passageiras, atrai 20% dos jovens do Rio de Janeiro. Segundo os dados levantados, há uma diversidade de interesses entre os jovens adultos fluminenses quando o assunto são vínculos afetivos.

Especialista aponta busca por leveza nos relacionamentos

O especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio, Caio Bittencourt, comentou os resultados da pesquisa. Para ele, os jovens da Geração Z têm uma abordagem diferente ao encarar relacionamentos.

“Essa geração tem mais consciência e preocupação com a saúde mental e também com a responsabilidade emocional, optando por um modelo de relacionamento mais prático e descomplicado, como a hipergamia, ou estilo de vida Sugar, por ser uma escolha que valoriza a leveza”, afirmou.

Gentileza é a característica mais valorizada

A pesquisa também investigou as qualidades mais buscadas pelos jovens fluminenses ao escolher um parceiro. A gentileza lidera o ranking, sendo mencionada por 70% dos entrevistados. Desses, 45% apontaram essa característica como a mais importante; 15% a colocaram em segundo lugar; e 10% em terceiro.

Além da gentileza, a educação foi citada por 48% dos participantes como um atributo desejável em um relacionamento. Nesse grupo, 10% a colocaram como prioridade máxima, enquanto 21% a escolheram como segunda opção e 17% como terceira.

A segurança emocional também figura entre os atributos importantes. Essa característica foi citada por 41% dos entrevistados. Desses, 18% a colocaram como principal critério, 15% como segunda escolha e 8% como terceira.

Contato presencial é preferido pela maioria dos jovens

Mesmo com o crescimento de plataformas digitais de relacionamento, o estudo revelou que 73% dos jovens do Rio de Janeiro ainda preferem conhecer pessoas presencialmente. A principal justificativa para essa preferência é a conexão emocional proporcionada pelo contato direto. Para 36% dos entrevistados, a troca “olho no olho” foi citada como motivo principal da escolha pelo encontro físico.

Entre os 27% que optam por conhecer pessoas pela internet, a possibilidade de filtragem por interesses e características foi apontada como a principal vantagem. Essa justificativa foi mencionada por 39% dos jovens que demonstram preferência por interações virtuais.

Uso da tecnologia molda os relacionamentos da Geração Z

Apesar da preferência pelo contato presencial, a vida digital está fortemente presente na rotina afetiva dos jovens. No Rio de Janeiro, 17% dos entrevistados afirmaram passar mais de cinco horas por dia em interações de namoro virtual.

Para Caio Bittencourt, essa dinâmica faz parte da forma como os jovens da Geração Z se relacionam atualmente. Segundo ele, não é possível dissociar o ambiente online dos vínculos amorosos dessa geração.

“Não existe mais relacionamento 100% presencial. O processo mais importante em um relacionamento é a comunicação, e a forma como as pessoas se comunicam é hoje majoritariamente virtual. Sobretudo a Geração Z, que é nativa digital e já nasceu conectada”, analisou.

Sites de relacionamento oferecem novas possibilidades

A possibilidade de personalização na busca por um parceiro tem atraído parte da juventude fluminense aos sites de relacionamento. Para aqueles que preferem interações online, o recurso de filtragem por interesses e valores pessoais é um diferencial. Essa funcionalidade permite uma aproximação mais alinhada com o que cada usuário busca em um relacionamento.

A pesquisa também sugere que a escolha por plataformas digitais reflete uma tentativa de maior controle sobre o processo de conhecer alguém. Em um cenário onde o tempo e a atenção estão cada vez mais disputados, ferramentas que otimizam esse processo ganham espaço entre os mais jovens.

Tendências mostram mudanças nos relacionamentos amorosos

O levantamento do MeuPatrocínio mostra que a Geração Z no Rio de Janeiro está aberta a novos formatos de relacionamento. Além disso, o estudo aponta para uma valorização de aspectos emocionais e comportamentais, como gentileza, segurança e educação.

Embora o contato físico ainda seja valorizado, a tecnologia tem papel importante na construção das relações afetivas. As redes sociais, os aplicativos de namoro e os sites especializados passam a compor o repertório de experiências românticas dessa geração.

O estudo também indica que a diversidade de modelos de relacionamento está cada vez mais presente nas escolhas afetivas dos jovens. A hipergamia, em especial, aparece como uma alternativa que se destaca nesse cenário, acompanhada por outros formatos como poliamor, agamia e micro romance.