Em 2023, discutir a sexualidade feminina ainda é um tabu para muitas mulheres. A pesquisa “Prazer Feminino”, conduzida pela Hibou com mais de 2030 mulheres brasileiras, revela suas vontades e desejos, destacando a importância de falar abertamente sobre o tema.
64% das entrevistadas estão em relacionamento e 97% já tiveram experiência sexual, sendo que 7 em cada 10 estão satisfeitas com a vida sexual. No entanto, 30% delas ainda não estão contentes, e a rotina e a mesmice são as principais causas desse descontentamento. Para 41%, a frequência das relações sexuais é insatisfatória, e 5% desejam realizar mais fantasias.
A frequência média da prática sexual é semanal para 51% das mulheres, e 63% delas desejam ter relações sexuais com maior frequência. Para muitas, o cotidiano consome tempo e energia, impactando a vida sexual.
A pesquisa revela que 42% das mulheres têm dificuldade em atingir o orgasmo, e surpreendentes 79% admitiram já ter fingido o clímax em algum momento. As principais justificativas para isso incluem terminar o ato rapidamente (53%), agradar o parceiro (30%) e evitar explicações ou constrangimentos (15%).
A masturbação é praticada entre 7 a cada 10 mulheres
A masturbação é uma prática comum entre 71% das mulheres entrevistadas. Aquelas que se masturbam colhem os benefícios, como autoconhecimento, alívio de estresse e prevenção de infecções. Porém, das 29% que não se masturbam, 62% não se sentem à vontade, 9% acham errado e 7% não sentem prazer.
Para as mulheres que se masturbam, atingir o orgasmo é mais fácil, com 96% afirmando já terem experimentado o ápice do prazer dessa forma. Nesse contexto, 57% delas já utilizaram um vibrador ou outro acessório sexual.
As entrevistadas afirmam que os sextoys podem ser úteis na cama, mesmo quando estão acompanhadas. 73% delas já experimentaram algum tipo de acessório ou brinquedo sexual, sendo os lubrificantes (60%), géis (46%) e vibradores (36%) os mais utilizados.
Sexo no primeiro encontro vale!
No tocante ao sexo no primeiro encontro, 51% das mulheres afirmam já terem ido para a cama na ocasião, quebrando tabus antigos. Enquanto algumas se mostram abertas à possibilidade (15%), outras foram categóricas em afirmar que não transariam no primeiro encontro (30%).
O medo de engravidar (24%) supera o receio de contrair doenças (23%) ou de não ter um orgasmo (13%) entre as preocupações femininas na cama. Algumas mulheres também se sentem inseguras sobre atender a expectativas dos parceiros quanto ao desempenho sexual, receio de serem julgadas por seu corpo e receio de se expressarem livremente durante o sexo.
Em conclusão, a pesquisa “Prazer Feminino” revela que as mulheres estão cada vez mais abertas a explorar sua sexualidade e buscar o próprio prazer, mas ainda enfrentam desafios em romper com tabus e expectativas sociais que muitas vezes cerceiam sua liberdade e satisfação sexual.