A marca britânica Burberry anunciou na quinta-feira, 6 de setembro, o fim da prática de queimar os produtos do estoque que não são vendidos e de usar pele de animais em suas confecções. O comunicado foi uma resposta às polêmicas envolvendo ecologistas e às críticas devido ao impacto ambiental causado.

Segundo a linha de luxo, a decisão tem “efeito imediato”, pensando no London Fashion Week, que acontece ainda neste mês.

Em abril, o jornal Times denunciou que o estoque queimado pela Burberry em 2017 era equivalente a 34 milhões de euros (R$163 milhões na cotação de hoje). Essa prática não é nova no universo das grandes marcas de moda, motivadas por proteger “a propriedade intelectual” das criações, além de defender as roupas de imitações, pirataria e de vendas ilegais.

As mudanças na Burberry, segundo comunicado, fazem parte de uma agenda de responsabilidade estabelecida em 2017, com duração de cinco anos. “Nós já usamos, reparamos, doamos e reciclamos os produtos que não são vendidos e continuaremos a expandir esses esforços”, escreveu a empresa em nota.

A grife sueca H&M assumiu recentemente que adota a mesma prática de queimar estoque. Os protestos contra o desperdício e contras as agressões ambientais continuam.

*Com informações da ANSA