A marca britânica Burberry anunciou na quinta-feira, 6 de setembro, o fim da prática de queimar os produtos do estoque que não são vendidos e de usar pele de animais em suas confecções. O comunicado foi uma resposta às polêmicas envolvendo ecologistas e às críticas devido ao impacto ambiental causado.
Segundo a linha de luxo, a decisão tem “efeito imediato”, pensando no London Fashion Week, que acontece ainda neste mês.
Em abril, o jornal Times denunciou que o estoque queimado pela Burberry em 2017 era equivalente a 34 milhões de euros (R$163 milhões na cotação de hoje). Essa prática não é nova no universo das grandes marcas de moda, motivadas por proteger “a propriedade intelectual” das criações, além de defender as roupas de imitações, pirataria e de vendas ilegais.
Burberry is stopping the practice of destroying unsaleable products with immediate effect. This builds on our responsibility agenda to 2022, and is supported by our new strategy which is helping to tackle the cause of waste https://t.co/z637rlaBCH pic.twitter.com/mopPuoOlfH
— Burberry Corporate (@BurberryCorp) September 6, 2018
As mudanças na Burberry, segundo comunicado, fazem parte de uma agenda de responsabilidade estabelecida em 2017, com duração de cinco anos. “Nós já usamos, reparamos, doamos e reciclamos os produtos que não são vendidos e continuaremos a expandir esses esforços”, escreveu a empresa em nota.
A grife sueca H&M assumiu recentemente que adota a mesma prática de queimar estoque. Os protestos contra o desperdício e contras as agressões ambientais continuam.
*Com informações da ANSA