Uma recente pesquisa revelou que um número surpreendente de crianças brasileiras, cerca de 26% entre 4 e 6 anos, já possuem seus próprios smartphones. Além disso, 7% dos pequenos de 0 a 3 anos também têm acesso a esses dispositivos. Esses dados trazem à tona a questão do papel da tecnologia na infância e como os pais podem direcionar seu uso de forma construtiva.
É fácil cair na armadilha de ver a tecnologia como uma ameaça ao desenvolvimento infantil. No entanto, especialistas ressaltam que, para as gerações atuais, crescer em um mundo dominado pela tecnologia é a norma. Portanto, em vez de resistir ao avanço tecnológico, os pais são encorajados a considerar como podem aproveitar os benefícios dessa familiaridade desde cedo.
A psicóloga Renata Santana de Moura destaca: “O desafio está na forma como utilizamos a tecnologia. Ferramentas como música, aplicativos educacionais e jogos podem estimular o desenvolvimento cognitivo das crianças, desde que empregadas de maneira eficaz”.
Para aqueles preocupados com os efeitos negativos da tecnologia, a ênfase recai sobre o estímulo positivo. Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, enfatiza a importância de entender que a tecnologia não é apenas entretenimento, mas uma ferramenta para preparar as crianças para o futuro. “Acreditamos que os pais podem aproveitar a aptidão natural das crianças pela tecnologia para desenvolver habilidades essenciais em um mundo digitalizado”, afirma.
A SuperGeeks, fundada por Giroto, oferece cursos práticos que vão além da programação e robótica, visando capacitar as crianças e estimular sua criatividade. Com orientação adequada, o uso consciente e criativo da tecnologia pode se tornar uma ferramenta poderosa para o crescimento e aprendizado das crianças.