O ano de 2024 está sendo marcado pela crescente aceitação da sexualidade sem tabus, segundo dados do site Ashley Madison, plataforma internacional de relacionamentos extraconjugais. Uma pesquisa recente da empresa revela que os brasileiros estão mais dispostos a experimentar novos fetiches e explorar o prazer de forma livre e desinibida, acompanhando uma tendência global que vem se popularizando por meio de séries como “How To Build a Sex Room” e “Sex/Life“.
O levantamento, feito com 1.689 membros do site entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, mostrou que 84% dos usuários estão mais abertos a explorar diferentes formas de intimidade. Para 88% dos entrevistados, os fetiches – ou “kinks” – são uma realidade natural de suas vidas sexuais, o que reflete o mesmo percentual da população geral, evidenciando o quanto o interesse por fetiches tem ganhado espaço na sociedade.
Principais fetiches explorados em 2024
Entre os fetiches mais desejados, o uso de brinquedos sexuais lidera a lista, com 46% dos entrevistados interessados em explorar novas experiências por meio desses acessórios. A encenação, ou “role play”, aparece em seguida, atraindo 34% dos usuários, empatada com a prática dominante/submisso. Outra tendência em crescimento é a participação em festas e clubes de sexo, com 28% dos membros desejando experimentar o swing. O voyeurismo, com 23% dos interessados, completa o ranking das práticas mais populares entre os usuários da plataforma.
De acordo com Isabella Mise, Diretora Sênior de Comunicação do Ashley Madison, a pesquisa evidencia que os fetiches e fantasias não são apenas comuns, mas também uma parte significativa da vida sexual de muitas pessoas. “Nem todo mundo se sente confortável em conversar sobre suas taras e fantasias, o que pode afetar a satisfação sexual em um relacionamento quando um parceiro é muito mais curioso e aventureiro do que o outro. Mas os dados dos nossos membros e do público em geral deixam claro que taras e fantasias são incrivelmente comuns, e encontrar uma pessoa – ou muitas pessoas – que realize elas com você pode ser mais fácil do que parece”, afirma Isabella.
Relacionamentos não monogâmicos ganham popularidade
Além dos fetiches, a pesquisa do Ashley Madison identificou um aumento na procura por relações não monogâmicas. Cerca de 70% dos membros disseram estar interessados em aventuras extraconjugais, enquanto 38% afirmaram já praticar ou desejar iniciar um relacionamento aberto. Para 77% dos participantes, explorar a sexualidade sem amarras é uma meta clara para o ano de 2024, com 65% buscando uma vida sexual mais ativa e gratificante.
Os dados também apontam que a exploração de fetiches frequentemente se dá com um parceiro secundário, em encontros casuais (43%) ou com múltiplos parceiros (31%), o que demonstra uma flexibilização crescente nos moldes dos relacionamentos. Essa abertura para novas experiências está associada não apenas ao desejo de apimentar a vida sexual, mas também ao interesse em formar conexões emocionais mais profundas com outras pessoas, um objetivo declarado por 29% dos entrevistados.
O impacto cultural das novas tendências sexuais
Esse movimento de exploração de novas práticas sexuais reflete um avanço na aceitação social dos fetiches e da liberdade sexual. Influenciados por produções de entretenimento que discutem abertamente o tema, como as séries mencionadas, cada vez mais pessoas se sentem encorajadas a viver suas fantasias de forma segura e consensual. Para muitos, essa é uma oportunidade de conectar-se não apenas fisicamente, mas emocionalmente com novos parceiros, promovendo um ambiente de compreensão e aceitação.
No entanto, especialistas advertem que o respeito aos limites pessoais e a comunicação aberta são fundamentais para que essas experiências tragam benefícios ao invés de conflitos. Segundo Isabella Mise, a disposição para experimentar novos fetiches e relações não convencionais deve ser equilibrada com uma comunicação franca e transparente entre os envolvidos.
Com o fim de 2024 se aproximando, o Ashley Madison destaca que este ano foi um marco para a liberdade sexual e o rompimento de preconceitos em torno dos fetiches. Para quem deseja explorar a própria sexualidade e encontrar novas formas de prazer, o momento é agora. O que antes era tabu agora é discutido abertamente, evidenciando uma mudança de paradigma nas relações e no comportamento sexual da sociedade.