O minimalismo tem se consolidado como uma tendência forte na arquitetura e na decoração de interiores, valorizando espaços organizados e funcionais. Durante a edição de 2023 da CASACOR Pernambuco, as arquitetas Ana Moura e Ana Higino apresentaram o espaço “No Abraço”, uma sala de jogos multiuso projetada para o convívio familiar, livre de distrações tecnológicas. O projeto utilizou cores neutras e o porcelanato “Soho Nude”, da Cerbras, com acabamento acetinado no formato 120x120cm.
Ana Moura destaca que “ambientes minimalistas são caracterizados pela sobriedade acima de tudo, e apresentam uma arquitetura e design com linhas simples e retas. Os elementos arquitetônicos devem ser atemporais, sem muitas texturas ou rebuscamentos”. Ela também ressalta a importância da iluminação, que deve ser uniforme ou criar cenas com pontos focais para realçar objetos específicos.
Grandes vãos, como janelas ou jardins de inverno, são essenciais para a entrada de luz natural, contribuindo para a sensação de amplitude do espaço. As cores neutras, como branco, cinza e bege, ampliam essa sensação e proporcionam uma atmosfera de paz e bem-estar. Em relação aos revestimentos, a preferência é por pisos em grandes formatos, sem textura ou brilho.
A ausência de objetos decorativos facilita a organização e a limpeza do ambiente, otimizando o tempo dedicado a essas tarefas. “Optar por móveis e utensílios duráveis e atemporais, que valorizem o ambiente a longo prazo, incentiva o consumo consciente e sustentável, reduzindo o acúmulo desnecessário e o impacto ambiental”, destaca Ana Moura.
A arquiteta também enfatiza o uso de materiais modernos como madeira, vidro, aço e tecidos, que conferem sofisticação ao projeto. Para criar um ambiente minimalista personalizado, é fundamental consultar um profissional de arquitetura ou design de interiores, que auxiliará na escolha dos móveis e objetos, na definição da paleta de cores e na organização do espaço, garantindo um resultado final harmonioso e funcional. “Na verdade, acredito que os projetos devem ter a personalidade do cliente, onde o arquiteto passa a ser o condutor que torna o planejamento possível”, conclui Ana Moura.