Uma pesquisa do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) revela que as mulheres representam apenas 20% dos profissionais de engenharia no Brasil. Entre 1,1 milhão de registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs), apenas 200 mil são mulheres.
Fernanda Gums, coordenadora de desenvolvimento do Mobuss Construção, menciona desafios como a equidade salarial e a falta de oportunidades de liderança. “As mulheres ainda enfrentam desafios significativos, como a indisponibilidade de equipamentos de proteção no tamanho feminino, preconceitos e assédio moral”, disse.
Amanda Ferri, engenheira na Morar Construtora, relata dificuldades no canteiro de obras. “Desafios como não ser ouvida e a falta de credibilidade são comuns para nós, mulheres”, afirmou.
Segundo o Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, a Engenharia Civil é o segundo curso com maior participação masculina. Tatiana Jucá, diretora da Mútua Goiás, relembra seus tempos de faculdade nos anos 90, quando a presença feminina era mínima. “Percebo que hoje entram 50% homens e 50% mulheres na engenharia, mas muitas desistem no meio do curso”, disse.
Kamila Rhenara, coordenadora de qualidade na GPL Incorporadora, compartilha suas experiências no mercado de trabalho. “Já passei por inúmeros desafios na construção civil, mas o mais marcante foi quando uma construtora não me contratou como estagiária apenas por eu ser mulher”, relatou.
Ana Carolina Signorelli, coordenadora de marketing do Mobuss Construção, destaca a importância de inspirar mais mulheres a ingressarem na engenharia. “A presença feminina é de extrema importância para a evolução do setor”, afirmou.
Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, a Mobuss Construção promoveu um webinar com a participação de Kamila, Tatiana e Amanda, cujo conteúdo está disponível online. A empresa também destaca iniciativas como a “Metamorfose das mulheres que Constroem” e o “Programa Empreender Mulher” da Mútua, que incentivam a participação feminina na engenharia.
