Aplicativos de namoro enfrentam rejeição entre gerações no Brasil, diz estudo (Foto: Freepik)
Aplicativos de namoro enfrentam rejeição entre gerações no Brasil, diz estudo (Foto: Freepik)

Um estudo conduzido pela Croma Consultoria, integrante do Grupo Croma, investigou a percepção dos brasileiros sobre os aplicativos de namoro em 2024, revelando um cenário de desconfiança e desinteresse. A pesquisa, intitulada “Gerações”, entrevistou 1.041 pessoas e ofereceu um panorama detalhado das atitudes em relação às relações afetivas e às ferramentas digitais de interação.

Segundo o levantamento, 45% dos brasileiros nunca usaram e não pretendem usar aplicativos de relacionamento. A preferência pelo contato físico reflete a desconfiança na eficácia e autenticidade das conexões online. Atualmente, apenas 9% da população declara ser usuária de aplicativos de namoro, com a Geração Y (27 a 42 anos) sendo a mais ativa (12%) e os Baby Boomers (59 anos ou mais) a menos (4%). No entanto, 23% dos Baby Boomers manifestaram intenção de utilizar esses aplicativos no futuro.

O estudo também destacou um ceticismo em relação às inovações tecnológicas para melhorar as relações afetivas, com 40% dos entrevistados não acreditando que novas tecnologias possam trazer melhorias significativas. Isso se reflete na baixa abertura para formas alternativas de relacionamento, como o poliamor e relacionamentos abertos, rejeitadas por 41% dos participantes. A Geração Z (16 a 26 anos) mostrou maior aceitação dessas práticas, enquanto a Geração Y foi a mais resistente.

O fundador do Grupo Croma, Edmar Bulla, observou comportamentos distintos entre as gerações. Segundo ele, “Baby Boomers e Geração X valorizam mais as conexões autênticas e promissoras, enquanto as gerações Y e Z enfrentam desafios maiores, com uma tendência a relações descartáveis.”

A pesquisa detalhou ainda as dificuldades enfrentadas nos relacionamentos contemporâneos, variando conforme os aspectos culturais e comportamentais. A Geração Z enfatiza a necessidade de parceiros com interesses semelhantes em crescimento e propósito, enquanto a Geração Y se incomoda com a vida idealizada nas redes sociais. A Geração X prefere conversas presenciais e se incomoda com o uso excessivo de celulares por casais em público. Os Baby Boomers, por sua vez, valorizam as relações sociais e afetivas, buscando mais contato com amigos e família.

As conclusões do estudo apontam para uma desvalorização dos aplicativos de relacionamento e uma crescente preferência por interações sociais tradicionais. Edmar Bulla destacou que “com uma alta taxa de rejeição a inovações tecnológicas e novas formas de relacionamento, principalmente entre as gerações Y e Z, o futuro das relações afetivas parece inclinado a um retorno aos valores e práticas mais convencionais, refletindo um desejo de autenticidade e conexão genuína entre as pessoas.”

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