O Bumble, aplicativo de encontros que coloca as mulheres no controle das interações, lançou um glossário atualizado de comportamentos de “bandeira vermelha”. Com isso, o app pretende auxiliar usuários a identificarem sinais de alerta em relacionamentos e situações de namoro. O objetivo é ajudar as pessoas a construírem relações mais saudáveis, promovendo a clareza e o respeito nas interações.
A psicóloga Vanessa Lacerda explica que esses comportamentos podem afetar o bem-estar emocional de quem está em busca de um vínculo sincero: “Esses comportamentos promovem a desconexão e a sensação de estranheza, criando um ambiente marcado pela falta de clareza e comprometimento. Isso leva à frustração e à decepção, enquanto a comunicação se torna incerta e cheia de mal-entendidos. Esse cenário dificulta o progresso emocional, tornando mais desafiador construir um vínculo saudável e se abrir para novos relacionamentos”.
O glossário do Bumble lista comportamentos como o “benching”, quando uma pessoa mantém alguém “no banco”, dando sinais de interesse sem se comprometer. Esse tipo de interação gera insegurança e incerteza. Há também o “pocketing”, prática de “esconder” o parceiro, evitando apresentá-lo a amigos e familiares, o que pode indicar uma intenção de não assumir o relacionamento publicamente.
Outro comportamento descrito é o “breadcrumbing”, em que alguém oferece migalhas de atenção, mas nunca chega a um compromisso sério. Esse padrão cria falsas expectativas e frustrações. Já o “ghosting” é caracterizado pelo desaparecimento repentino, sem explicações, que pode ser doloroso para quem fica sem resposta. “Se você não está sentindo uma conexão, envie uma mensagem sincera para explicar seus sentimentos é sempre uma forma mais respeitosa de encerrar uma relação nascente”, sugere Vanessa.
No campo digital, práticas como o “orbiting” e “haunting” são frequentes. O primeiro ocorre quando alguém observa as redes sociais de outra pessoa sem interagir diretamente. Já o “haunting” acontece quando a pessoa, após o “ghosting”, continua a aparecer no ambiente virtual, como uma presença que ronda, mas não interage. Esses padrões de comportamento, de acordo com o Bumble, criam confusão e incerteza sobre as intenções de cada lado.
A prática conhecida como “cushioning” é descrita como uma forma de “amortecer” uma possível decepção. Nesse caso, uma pessoa em um relacionamento mantém conversas ou flertes com outros, sem intenção de compromisso, mas como uma “rede de segurança emocional”. Isso, segundo especialistas, pode sinalizar insegurança e falta de compromisso.
A psicóloga Vanessa Lacerda destaca a importância de estabelecer limites e de definir o que é aceitável em um relacionamento: “Ter limites claros é uma forma de amor-próprio. Ao saber o que você aceitará de um parceiro em potencial e em um relacionamento, e quais são seus interesses inegociáveis, você se capacita a fazer escolhas mais saudáveis. Essa clareza não apenas protege seu bem-estar emocional, mas também atrai as pessoas certas que respeitam seus valores e intenções”.