Mais uma marca de roupas está sendo criticada na internet por causa de uma “gafe” relacionada a uma religião. Depois da grife italiana Dolce & Gabbana ter lançado uma coleção voltada especificamente para muçulmanas, com abayas e hijabs, foi a vez da sueca H&M tomar uma decisão um tanto quanto polêmica.

Na semana passada, a rede de lojas conhecida por seus preços baixos lançou um modelo de cachecol que se assemelha a um talit, xale sagrado para o judaísmo e usado pelos homens durante orações. Com um tom bege claro, listras pretas e franjas, a peça lembra muito a vestimenta judaica, feita de seda, linho ou lã com franjas nas suas extremidades e que sempre é branca ou bege e tem listras azul escuro ou pretas.

Não demorou muito para judeus começarem a dizer que o modelo era uma ofensa para a sua religião, comentando sobre a apropriação cultural de um manto importante para o judaísmo e que havia sido transformado em um item fashion qualquer, banalizado e desprovido de todo o seu sentido.

Por outro lado, outras pessoas, inclusive judeus ortodoxos, afirmaram que o cachecol não insultavam a religiá, já que as listras fazem parte do universo fashion, já muito tempo e que voltaram a ser tendência neste ano, acreditando que o caso não passa de um mal-entendido.

Rapidamente, representantes da H&M pediram desculpas pela peça e que disseram que não pretendiam ofender ninguém. “Sentimos muito se com o nosso produto ofendemos alguém. De nossa parte nunca tivemos posições políticas ou religiosas. As listras são uma das tendências para esta estação, e foi nisso em que nos inspiramos. Não era nossa intenção ofender ninguém”.

“É apropriação, é pisotear na cultura e no senso de sagrado de algumas pessoas para o seu lucro, e não é legal”, escreveu em seu Twitter.