Mais uma marca de roupas está sendo criticada na internet por causa de uma “gafe” relacionada a uma religião. Depois da grife italiana Dolce & Gabbana ter lançado uma coleção voltada especificamente para muçulmanas, com abayas e hijabs, foi a vez da sueca H&M tomar uma decisão um tanto quanto polêmica.
Na semana passada, a rede de lojas conhecida por seus preços baixos lançou um modelo de cachecol que se assemelha a um talit, xale sagrado para o judaísmo e usado pelos homens durante orações. Com um tom bege claro, listras pretas e franjas, a peça lembra muito a vestimenta judaica, feita de seda, linho ou lã com franjas nas suas extremidades e que sempre é branca ou bege e tem listras azul escuro ou pretas.
Não demorou muito para judeus começarem a dizer que o modelo era uma ofensa para a sua religião, comentando sobre a apropriação cultural de um manto importante para o judaísmo e que havia sido transformado em um item fashion qualquer, banalizado e desprovido de todo o seu sentido.
Por outro lado, outras pessoas, inclusive judeus ortodoxos, afirmaram que o cachecol não insultavam a religiá, já que as listras fazem parte do universo fashion, já muito tempo e que voltaram a ser tendência neste ano, acreditando que o caso não passa de um mal-entendido.
Rapidamente, representantes da H&M pediram desculpas pela peça e que disseram que não pretendiam ofender ninguém. “Sentimos muito se com o nosso produto ofendemos alguém. De nossa parte nunca tivemos posições políticas ou religiosas. As listras são uma das tendências para esta estação, e foi nisso em que nos inspiramos. Não era nossa intenção ofender ninguém”.
It’s appropriation, it’s trampling on some people’s cultures or sense of the holy for your profit, and it’s not cool.
— Rav Danya Ruttenberg (@TheRaDR) 9 de janeiro de 2016
“É apropriação, é pisotear na cultura e no senso de sagrado de algumas pessoas para o seu lucro, e não é legal”, escreveu em seu Twitter.