Veterinária orienta sobre medidas e medicamentos para proteger os pets contra fogos de artifício (Foto: serhii_bobyk/Freepik)
Veterinária orienta sobre medidas e medicamentos para proteger os pets contra fogos de artifício (Foto: serhii_bobyk/Freepik)

Embora diversas cidades brasileiras proíbam a soltura de fogos de artifício com barulho, a prática ainda é comum em festas de fim de ano. Os sons intensos geram estresse em animais de estimação, devido à audição sensível desses animais. Para minimizar os impactos, é essencial adotar medidas preventivas e realizar planejamento.

Os efeitos dos fogos nos animais

Cães possuem audição que alcança até 60.000 Hz, enquanto gatos chegam a 85.000 Hz. Em comparação, o ouvido humano capta frequências de até 20.000 Hz. Essa diferença torna os estrondos dos fogos de artifício extremamente incômodos para os animais, causando medo, traumas e reações como tentativas de fuga e comportamento agressivo. Em casos graves, podem ocorrer convulsões, lesões e até morte.

Prevenção é essencial

Farah de Andrade, médica veterinária e consultora da DrogaVET, destaca a importância de medidas preventivas. A dessensibilização é uma técnica recomendada: “Habituar os animais a ruídos de fogos, associados a momentos agradáveis, reduz reações exacerbadas”.

A consulta antecipada ao veterinário permite avaliar a condição clínica do animal e, se necessário, introduzir medicamentos. Opções naturais como florais de Bach, valeriana e melatonina podem ser manipuladas em formatos que facilitam a administração. “Medicar um animal nem sempre é fácil, especialmente os gatos. A manipulação de medicamentos em formatos como biscoitos ou molhos com sabores agradáveis ajuda na aceitação e reduz o estresse”, explica Farah.

Cuidados durante os fogos

Manter o animal dentro de casa é a primeira medida. Um ambiente tranquilo, com portas e janelas fechadas, minimiza o impacto do som e cria sensação de segurança. A utilização de músicas relaxantes e feromônios ajuda a acalmar os pets.

É importante incluir objetos familiares, como brinquedos e caminhas, no ambiente escolhido. Permanecer com o animal durante os fogos também é uma estratégia eficaz. Demonstrar tranquilidade reforça a sensação de segurança do animal.

Riscos adicionais das festas de fim de ano

Não são apenas os fogos que representam perigo. As confraternizações, decoração e alimentação também oferecem riscos. Objetos como fios de luz e enfeites podem ser ingeridos acidentalmente, causando intoxicações ou lesões. Plantas decorativas, como a flor-de-natal, são tóxicas para animais.

A alimentação humana também é um problema. Ingredientes como uvas passas, cebola e alho causam intoxicações graves. Alimentos gordurosos ou com chocolate também representam risco significativo. Ossos e espinhas de peixe podem provocar obstruções ou perfurações internas.

Conscientização é o melhor caminho

Segundo a DrogaVET, o planejamento é essencial para evitar danos aos animais. A empresa disponibiliza um e-book gratuito com orientações para o período de festas. O material pode ser acessado pelo link: https://encurtador.com.br/FxBHo.