Ganhadora do Oscar, rica e bonita, a jovem Kate Winslet também sofre com um problema comum entre as mulheres: a incontinência urinária. A atriz – que ficou mundialmente conhecida como intérprete de Rose no filme Titanic – revelou em uma entrevista no Reino Unido que, após a gravidez de seus 3 filhos, possui algumas limitações devido à perda involuntária de urina.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 10 milhões de brasileiros possuem incontinência urinária, sendo a maioria mulheres. Nelas, o tipo mais presente é a Incontinência Urinária de Esforço (I.U.E.), caracterizada pela perda de urina ao rir, tossir ou em qualquer movimento mais forte. Comum em todas as idades, a incontinência urinária feminina pode ser causada por alterações na musculatura pélvica, mudanças hormonais após a menopausa ou múltiplos partos. Nos homens, a incontinência urinária também atinge jovens e está relacionada à retirada da próstata pós câncer.

Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que 35% das mulheres após a menopausa sofrem com perda de urina ao fazer esforço e 40% das mulheres gestantes vão apresentar episódios de incontinência urinária durante e depois da gravidez.

Consequências

Para o urologista Valter Muller, chefe do serviço de urologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a condição – quando torna-se crônica – pode causar até depressão. “O homem não consegue ter convívio social nem sexual. Acredita que está sempre cheirando urina, tem medo de sair de casa e passar por um sufoco. E essa situação pode sim causar uma depressão – porque ele acredita que aquilo não terá cura”, explica.

Tratamento

Casos severos de incontinência urinária feminina de esforço são tratados com um procedimento cirúrgico de implantação de um sling, uma malha que sustenta a uretra. Se a causa da incontinência urinária é a bexiga hiperativa, quando o músculo da bexiga se contrai involuntariamente, a condição pode ser tratada com medicamentos, fisioterapia, além do uso de toxina botulínica e neuromoduladores, que funcionam como um marca-passo da bexiga.